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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Um quarto de chocolate ou o Alto da Glória


Ao diabo com a falta de umidade.
Apesar da saudade intensa desta cidade, a secura persegue meu pobre nariz, e é intensamente praguejada nas entreconversas muito adequadas com amigos.

Sempre tive medo do cominho, nunca soube usá-lo com parcimônia, tragédia feita. Como esse tempero é capaz de absorver todas as especificidades daquela lasanha tão especial. Mas a fome do Dóris é capaz de deixar na dúvida se a pirraça não seria fruto das minhas implicâncias com tal condimento.

O Bruno deixou uma interrogação em minha cabeça. Creio que ele não achou muito pertinente suco de caju com chocolate. Mas caju é algo tão intenso, aí lembro de algo mais intenso que é a cajuína, que por mais que pesquisei não entendi se não mais posso consumí-la. Não encontrei respostas sobre sua verdadeira origem, e se de fato tem gelatina de origem animal.

De Teresina também tenho mais lembranças, o vôo que devolveu-me a goiânia teria seu destino final na capital piauiense. E não é que encontro um menino que ví de relance na UFPI, e com sorte tinha a seu lado um assento vago que avidamente me ofereci a preenchê-lo. E pasmem, ele também lia Crime e Castigo, e ele também sofrera desilusão semelhante em São Paulo. Prometemos mais que nunca mergulharmos em dignidade , e um acordo tácito reconfortou a última secreção lacrimal expelida para criaturas que não merecem a classificação de humanos. Ele riu quando comentei que na verdade os cavalos que deveriam tratar de um certo humano. E aquele humano ( que não é humano, se buscarmos nas atribuições que o termo deita sobre nossos ombros) deveria propor uma terapia com o cavalo, mas o quadrúpede que se ajeitaria a dar conselhos e com pouco sucesso dar liçoes valiosas de solidariedade, respeito e caráter.

Ora o caráter é algo que se a boa educação não se atreveu a imbuir, um coice talvez resolva este déficit. E isso, além de bons conselhos, há de ser com uma intensidade que desloque belamente para a esquerda aquele maxilar. E chore mesmo, porque o choro que lhe atormenta e a sua necessária medicalização da vida não serão suficientes para te elevar a categoria de humano, e quiçás a de um cavalo, ser que vive em uma existência superiormente interessante.

Ps:
Bruna e Ana Júlia: Depois do 193 Alto Da Glória e do bom filme, o 1/4 de chocolate era para vocês!

2 comentários:

Raffs disse...

um coice, se não der jeito na criatura, pelo menos vai deixar marcas e é uma vingança bem gostosa... rsss...

**imaginei a cena.. rsss

amoure: te quero!!

quero te ver, abraçar, beijar...
saudades enormes...

vontade de você..
=***

Lucas Carvalho de Oliveira disse...

A raiva é amiga falsa do homem. Se ainda sente a necessidade do coice, talvez ainda esteja com raiva.

Ai... tô há 5 minutos na frente deste comentário e até agora não sei o que dizer. Que frase clichê-auto-ajuda acima! uhauhauhuahah