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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Os últimos dias


Não seria possível deixar este ano ir de vez sem antes escrever uma ou outra coisa no blog. Por dias sem atualizações...


Os dias em Floripa correm intensamente bons, pessoas fascinantes que conheço diariamente e uma fuga necessária da rotina que levo na capital amarela.


A cabeça cá está, mas em minutos sou levado ao próximo ano, em vão busco apaziguar essa fixação com o futuro. Uma vez li que vivemos a maior parte do tempo concentrados no passado e no futuro, deixamos escapar o presente. E no presente, tenho um presente, que se não aproveitá-lo satisfatoriamente agora desejo sinceramente um reencontro.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Conversas


                                           Enecom 2008 Rio de Janeiro
Na quase mecânica atitude de adentrar no virtual pra estabelecer relações, conversar um pouco e seguir nas distrações caminhei  por um breve momento nas ruas do ciberespaço em companhia de uma amiga.

Ela em Teresina e eu em Goyânnia, capital da província dos Goyazes, rs!

Falamos sobretudo desta ruptura que estamos atravessando. Da implacável certeza: "somos adultos". Os desafios que se intensificam, se ontem nosso maior drama fosse tal vez o choque de horários entre teoria da comunicação e cultura brasileira, hoje é o futuro profissional que rouba o sossego das noites.

Mais ainda, como atuar neste mundo confuso, tão distante das poesias daqueles dias a parte que experimentávamos nos encontros estudantis?

Doce saber que não sou o único que se inquieta com tais questões, melhor ainda é ter alguém que não está ao alcance das mãos ( ou não, pois o dedo conduz esse diálogo) e poder conversar sobre isso. Sobre estar vivo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Amigos


                                                                                                     Um copo de Cólera


Destes encontros casuais as surpresas são intensas. Entre as cervejas compradas as pressas, o jantar pelo caminho, o tomate seco. É bom o abraço daqueles que consideramos, melhor ainda quando o abraço estava negado há tempos, pois uma silenciosa distância havia separado estes meninos.


Quase amanhecendo e um e outro ainda queriam beber, não, não, não!!! Vamos dormir, chegamos ao fim...


Falando em fim, Dóris, Paulenio e eu fomos assistir ao filme 'Do começo ao Fim". Confesso que por muito tempo o filme causou irritação. O roteiro é um tanto truncado, as vezes forçoso. Mas o que incomodou era tanta perfeição, tanto hedonismo. O maior mérito (será?) é abrir o diálogo sobre o incesto. Mas confesso que fiquei derretido com as expressões da Júlia Lemmertz, atriz envolvente, voz firme e olhar distante.


O dia prosseguiu com muitos encontros na avenida araguaia, nosso leblon de goiânia, de encontros a la Manuel Carlos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mais um requisito


                                        Nazareth Pacheco
Por mais que soubesse que seria aprovado na seleção da Cultura Visual ainda ficavam aqueles receios.


Hoje a agonia e espera acabou e fiz mais esse requisito, rs!


Agora uma carga maior de responsabilidades, novas discussões e muitos desafios. E estou seduzido pelo tema do trabalho, envolvido. 


Fátima, Estevão, Marcelo, Mário, Vinicius e eu, mestrandos 2010!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Volta


                                 O que sobrou do colégio sete de setembro
Voltar pra Goiás garante uma sensação confortável, mas ao mesmo tempo fico irrequieto, aéreo. Não sei bem os motivos das inquietações, ou melhor não nomeá-los. 


Este findar do ano caminha de forma intensa. Vejo isso especialmente aos amigos em volta, que já garantiram a aprovação no mestrado, buscando novos desafios, percursos, mais e mais histórias.


Caminhando sozinho dei-me conta que já havia terminado a graduação, sensação estranha, ainda não acostumei com isso. Mais um rito...


Vem a mente a entrada no ensino médio, colégio novo, gente assustadora. Das primeiras interações, daquelas crônicas que trazem saudosismo ao encontrar com algum contemporâneo. E o fantasma do vestibular, que na época era o maior desafio, hoje parece algo tão longe. E sinto que o muito que eu era, dele carrego um pouco. Tantos outros se acrescentaram, somas de vinicios. Tudo isso desperta outras vontades...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Rato, meu querido rato...


Meu vício agora é atualizar o blog em repartições públicas. Para não exceder no café (arte que sou inigualável) prefiro pedir sutilmente para que me deixem checar emails. Agora não fico mais sentado olhando para o mesmo quadro tedioso, ou prestando atenção na conversa da secretária.

Dormi na casa do Reduzino, na Lapa, justamente pela facilidade (que imaginei) em chegar na secretária estadual de segurança pública do Rio de Janeiro. Ledo engano, ao olhar pela janela vi que as ruas estavam completamente alagadas. Respirei fundo... O tempo foi passando, dez minutos para a entrevista. Coloquei o guardachuva em uma mesa próximo a um bar, tirei cada tênis como se eu me depilasse com cera quente (uma dor indescritível). Ao primeiro passo na inundação a água era demasiada viscosa, em verdade parecia uma gelatina que não estava completamente congelada. Um senhor disse que eu poderia cortar o pé, indicou que eu fosse para o meio da rua, que por hora já estava bloqueada pela colisão entre dois táxis.

Molhado, fedendo, descabelado. Chego no prédio e a recepcionista lança um terno olhar, diz que para subir devo "arriar as calças". Obedeço, calço o tênis também. Ao subir na sala, qual a melhor surpresa? Não serei atendido, pois a entrevista foi desmarcada. Mas sou persistente, ficarei aqui na internet até que ela chegue e olhe nos meus olhos.



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Travessa Tocantins


Nada melhor que tropeçar em exposições e manifestações artísticas. Caminhando pelas ruas centrais do Rio cruzei com o centro cultural dos correios. Aquele elevador charmoso, aos moldes daquele do Titanic, as escadas e a simpatia dos funcionários deram sabor a essa tarde de chuva fina.

No terceiro andar um panorama da ilustração na França e no Brasil, especialmente as que se dedicam às críticas político-sociais através do humor.

Registrei algumas imagens, com a precária câmera do celular. Mas a melhor surpresa estava no segundo andar, entre bromélias e particularidades da botânica a melhor obra de arte, com passos suaves, poucas palavras e breves minutos.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A chuva levou...




A anunciada festa na casa do osmar foi sabotada por uma chuva persistente ao longo do dia. Mas nada que articulações não resolvam e nos reunamos no improviso. Tentar decorar as pérolas do filme senta no meu, que eu entro na tua: "eu sou uma putinha, mas ainda quero ser uma putona", ou ainda ver single ladies projetado na parede.


Essa chuva que traz a inquietação, desafiando os habitantes da cidade amarela. Goiânia úmida, molhada, em um caos apaixonante. Ao som das gotas ao chão vamos ensaiando mais frases de efeito retiradas do youtube e assim nossa interação se faz promissora neste domingo.


E mais surpresas do universo retrô são apresentadas pela Konda, um tal jogo do michael jackson, ao estilo power rangers.


 E o valentim clama por atenção...

sábado, 5 de dezembro de 2009

A comemoração




As vezes esquecemos de como coisas simples nos proporcionam um tremendo prazer. Questionar o porque de não poder brincar na piscina de bolinhas. Ou, quem sabe, desfrutar de sorrisos no embalo de um brinquedo indicado para crianças de 10 anos.

O carro de bate-bate, os doces aos montes, a barulheira. Sinais de que a vida é mais leve do que costumamos encarar, ao menos nestes instantes.


E por fim dar ao corpo algo que o relaxe, que afrouxe o pensamento. Aquela cerveja... a entrega ao som, a poesia que se volta na indecisão entre se perceber bêbado ou exatamente lúcido.

As últimas tardes na Facomb



Enquanto es
perava pelo exorcismo do windows vista, promovido pelo meu ungido amigo Paulenio, estávamos no ímpeto de assistir uma certa monografia. Tal defesa despertava curiosidade pelo assunto que abordaria e por quem orientou o trabalho.

Mesmo não lendo o texto (e algo que não farei mesmo) imagino que estudar sexualidade hoje, em especial no suporte cinematográfico requer um exercício um pouco mais sofisticado. Um pensamento um tanto mais complexo e relativizado. Algo que não vi ali, em especial pelo uso de certas palavras que denotavam um juízo de valores para o exercício de práticas sexuais que transcendam a esperada monogamia heterossexual.

Enfim, mais incômodo do que o trabalho em si é toda aquela forçosa declaração de amor ao fim. Comoções, louvores ao deus salvador, e a coragem que desculpe a minha ignorância não vi em momento algum. Coragem pra não ser medíocre.... será?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Perto do Rio Vermelho

Pela Peça dos amigos que vi hoje, à Cora, que tanto gosto.

Eu Voltarei

Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho,
servidor do próximo,
honesto e simples, de pensamentos limpos.

Seremos padeiros e teremos padarias.
Muitos filhos à nossa volta.
Cada nascer de um filho
será marcado com o plantio de uma árvore simbólica.
A árvore de Paulo, a árvore de Manoel,
a árvore de Ruth, a árvorede Roseta.

Seremos alegres e estaremos sempre a cantar.
Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas,
teremos uma fazenda e um Horto Florestal.
Plantaremos o mogno, o jacarandá,
o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro.
Plantarei árvores para as gerações futuras.

Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros.
Terão moinhos e serrarias e panificadoras.
Deixarei no mundo uma vasta descendência de homens
e mulheres, ligados profundamente
ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar.

E eu morrerei tranqüilamente dentro de um campo de trigo ou
milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros.
Eu voltarei...
A pedra do meu túmulo
será enfeitada de espigas de trigo
e cereais quebrados
minha oferta póstuma às formigas
que têm suas casinhas subterra
e aos pássaros cantores
que têm seus ninhos nas altas e floridas
frondes.

Eu voltarei...

Cora Coralina

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fiz o Requisito




Francamente não me recordo de muitas coisas durante a defesa da monografia. Sei que engoli o choro por muitos momentos.

Estava tão nervosos no começo. O filme pornô ao fundo, minha avó, mãe e tia chegando. O relato.

A Aline com um olhar terno... Fizemos o requisito. Agradeço muito a ela pelo carinho e as orientações. Por tanto incentivar e acreditar no trabalho.

Dia lindo.