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segunda-feira, 23 de março de 2009

Lavar as mãos

tela de Eli Malvina Heil


Não tem jeito, tem pessoas que exercem um fascinio, um poder de decisão em nossas vidas.

Ele é o cara, tudo que ele diz, a forma como diz, e principalmente o jeito de pai que ele encarna.
Melhor orientador não há... uma coisa meio família, incluindo as divergências, vontades de sair correndo e gritando, bater a porta.

Vontade de abraçar e dizer a importância em minha vida.
Mas confesso que hoje senti as pernas tremerem, e nem de longe vislumbrei sentidos concretos.

Bobagem, foi aquela coisa atoa que passa. E passou.
Então, lembrei. Corri pela chuva e cantei:

Uma
Lava a outra
Lava uma

Lava a outra
Lava uma
(mão)
Lava a outra (mão)
Lava uma
(mão)
Lava a outra (mão)
Lava uma

Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira
antes de comer, beber, lamber, pegar na mamadeira

Lava uma (mão)
Lava outra (mão)
Lava uma
Lava outra (mão)
Lava uma

A doença vai embora junto com a sujeira
Verme, Bactéria, mando embora embaixo da torneira

(Água uma,
Água outra,
Água uma
(mão)
Água outra
Água uma)

Na segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira
Na beira da pia, tanque, bica, bacia, banheira

Lava uma (mão)

Água uma (mão)
Lava outra (mão)
Lava uma (mão)
Lava outra
Lava uma

sexta-feira, 20 de março de 2009

Aniversário


O dia 18 foi deveras especial. Não pelo ano que se agrega, mas pelas pequenas coisas que se sucederam, as boas notícias... e algumas ligações. Comecei a refletir sobre certas mediações, posturas.

Fomos comer cachorro quente ( de soja, certo!). Divertido, muitas risadas. Foi incrível a interação entre o Vinicius e o atendente do estabelecimento " que salsicha linda" foi algo assim que ele disse. Risadas tomaram conta do ambiente.


Engraçado como muitas pessoas vieram pedir desculpas por não terem lembrado do dia 18. Mas isso não tem importância. Bom é saber que para algumas pessoas estamos em suas cabecinhas por muitos e muitos dias.


É bom deitar, sentir o cansaço, fechar os olhos e perceber que tudo vale a pena. Que o dia não foi em vão.


* foto feita no primeiro semestre de 2008, para a disciplina de fotografia

segunda-feira, 16 de março de 2009

Quando descer


Build Up

A construção durou dias
Durou semanas, demorou demais


Nosso héroi se retirou, quando havia dois
Ele não pôde escolher, então não havia nenhum


Desgastado no vagamente anunciado


O carrossel fez um som como um trem pelo vale
Enfraquecendo, oh tão quieto mas constante até que passou
Pela cadeia de montanhas distante
Escrito na sua passagem para lhe lembrar onde parar
E quando descer


(Tradução: Pepperland Girl)


Belíssima música do grupo Kings Of Convenience, que chegou aos meus ouvidos pela sugestão do Thiago de Belém, no meu amado Pará.


As coisas seguem tão bonitas. Como é bom ver o bosque dos buritis em uma noite de domingo.





terça-feira, 10 de março de 2009

Um doce menino


Que caminhava pelas encostas, por eiras e beiras. Por trapiches passava noites em ritmos poéticos, saudosistas melodias. Entre a fonte e o caminho punham-se mais que amores, cantigas suaves.

Sentou com o amigo na grama fresca, verde, bem verdinha. Tomou o mundo. Bebeu em fortes talagadas. Teorizaram, riram até esquecerem o motivo daquela alegria. Vinham outras e outras situações, mais risos, mais energia.

Almoçaram. Era um assentamento, lugar provisório, cheio de estranhos medos e arrepios. Rodopiaram.

Despediram-se.


O menino foi...encontrou um amigo um tanto mais junto, coladinho. Sorriram discretamente. Ele contentou-se nos olhares ternos e no breve encontro das mãos. Ah...difícil ficar do ladinho sem beijos e abraços. Todos podem...menos eles e outros tantos e tantas.
Culpa dos tontos, que dão a implicar e tomar nota sobre os beijos que outros querem dar.

Iriam ouvir música de um bom cantor. Não deu certo, é na semana que vem...melhor, mais calmos, sem pressa...e num dia todinho para um deles.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Dia de Peixe


Peço licença pelo atraso, mas mereço uma colher de chá. O melhor é o que se planta no íntimo, aqui na inquietação dos pensamentos. Logo que amanheceu, no dia 2, lembrei do meu querido Allan. Dormi na casa da Mônica, foi uma noite quente, escaldante na verdade. Liguei sem sucesso para a casa dele, ninguém atendeu.

Olha só, se enveredarmos pela memória tenho tanto a dizer. Lembro do ensino fundamental. Da quinta série, daquele ar de indiferença, das intrigas que ele causava. Lembro também da surra, daquela menina meio lésbica, que sacudiu o cotidiano escolar. Lembro do hiato entre a 7 ª série e o 1° ano do ensino médio no Sete de Setembro. Ele chegou para polemizar. Uma calça customizada, irreverência e a régua de plástico que causou mais burburinhos.

E foram tantas tardes próximos, conversas deliciosas...intermináveis sonhos. E o que dizer quando ele chegava na minha casa as 7 da manhã com pães de queijos fresquinhos, fazendo eu levantar e preparar o café. Claro que me levantava após ele me asfixiar no quarto fechado com seu clássico cigarro Charm..aquela embalagem dourada.


E nosso jeito único de pronunciar as palavras? Nossos intermináveis passeios de moto...
Temos essa coisa meio peixes, essa tal sensibilidade. Somos tão diferentes, mas somos tão amigos. Lembro do meu aniversário do ano passado, ele deixou alguns depoimentos no meu orkut.
Acho que vai ser sempre assim...eu o primeiro a pensar no aniversário dele, e ele o mesmo...

dia 02/03 e 18/03
meninos de peixes, peixinhos em mares outros...viveremos no mesmo mar!

feliz tudo, Allan José Calaça
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