sexta-feira, 31 de julho de 2009
Câmara Ligada
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Mais um minuto
sábado, 25 de julho de 2009
Confronto
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Bom Par
quarta-feira, 22 de julho de 2009
O texto do lucas
A rosa e os espinhos
Julian Gasmar, de dias, observava a rosa envolvida pela sebe. Sufocada, a rosa tentava respirar um pouco de sol. Julian Gasmar atinara-se de que precisava salvá-la dos espinhos, mas se perdia observando-a. Quis resgatá-la; teve as mãos arranhadas e conteve-se.
A rosa, teimosa, avançava pelo pouco espaço entre os galhos da roseira; teve rasgadas suas pétalas. Julian Gasmar tentou de novo, cuidando dos espinhos. Alcançava a rosa e mais densa ficava a sebe. Sentiu um pico e o sangue correu-lhe o dedo.
Dirigiu-se à botânica. E contou com pormenores sobre a rosa e a sebe e os espinhos e o pico e o sangue. E contou que queria de alguma maneira salvar a rosa, que precisava de alguma maneira salvar a rosa, que desejava de alguma maneira salvar a rosa, que haveria de alguma maneira de salvar a rosa.
O botânico atentou ao discurso de Julian Gasmar. Tudo ouviu e cerimonioso ponderou: “é o ciclo natural, Julian... as rosas crescem, florescem e morrem, umas nem florescem, outras perecem quando perdem a última pétala”. Tomou fôlego, fitou Julian Gasmar e calou-se. Não tinha a pretensão de fazê-lo revoltar-se com seu falso descaso. Queria que Julian Gasmar se apercebesse de que somente de si dependia a decisão de salvar a rosa.
Então lhe disse: “mas se quer mesmo salvá-la, Julian, faça-o! Meta a mão na roseira, abra espaço na sebe e salve a rosa, mas a salve intacta, protegendo suas pétalas e seu caule. Se quer mesmo salvá-la, Julian, afugente os medos de se ferir... é preciso se ferir para tê-la em seu vaso, ou ao menos ter a coragem de regatá-la mesmo podendo se machucar”.
E quando Julian Gasmar deixava a botânica, arrematou: “Julian, ou os espinhos da roseira machucarão tuas mãos ou sufocarão a rosa, cabe-lhe decidir o que doerá mais”.
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Dia das amigas
domingo, 19 de julho de 2009
Piscina
A pouco estive em um clube que sempre frequentava na infância.
Naquela enorme piscina que me assustava,
pude hoje cruzá-la sem medo algum.
Fui de uma ponta a outra, mergulhei, bati as mãos
e lembrei das loucuras cometidas naquele espaço.
Olhei detidamente para o céu escuro dessa cidade,
alguns pontos luminosos, os coqueiros que margeiam o clube.
Ah, que delícia.
sábado, 18 de julho de 2009
Como antes
Cruzar uma cidade, não tão grande e nem assim miúda.
Correr suas ruas, dobrar suas esquinas, ver o calmo, o alegre, a vida cotidiana.
Entrar sem precisar bater palma, só empurrar o portão, acomodar a bicicleta.
Ver aquela gritaria das crianças... tomar o café, um tanto doce, e que sinto muita falta.
Momentos raros, que não troco por nada.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
A estrada
Pois bem.
Entrar no veículo, tanta gente. Tantas idas e vindas.
Histórias anônimas, encontros, partidas, desencontros.
Os celulares tocam intermitentemente.
Mensagens de textos, vozes exageradas reverberando.
E eu? Ah, perdido nas confusões do cerrado, que pela janela, alí,
mostrava sua soberania entre focos de incêndio,
monoculturas e seu pior inimigo: nós.
Mas somos também capazes de amá-lo,
deitar sobre seu solo ácido, abraçá-lo, fazê-lo amado,
nosso chão... Onde têm chão sou nativo, alguém me disse isso uma vez,
não me lembro quem.
O que recordo é a beleza e autenticidade nesta frase.
Ah, Goiás...