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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quinta



Não sei mesmo como explicar a noite de ontem!


Foi incrível, engraçada...almodovariana.


Dóris e eu somos impossíveis juntos, mas certas cenas mereceriam descrições primorosas, mas o decoro não me permite.


Uma certa dança de beat it, os diálogos, as proposições. Eu estava determinado a estudar, mas a atmosfera, os devaneios e a insistência da globo news na morte de um cantor não permtiram.


Vou transcrever duas frases incrivéis, uma por Luz Marina: "Ele é uma passiva".

Outra do Dóris: "Deixa eu ser uma vagabunda em paz".


Agora, o contexto em que foram ditas...aí deixo por conta de vossos pensamentos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

17 de março, 2008



Lembranças de uma viagem intensa. Pessoas que possibilitaram um olhar dilatado, nos caminhos que seguiremos e o muito de nós que compõem um novo.

Letra da música que embalou o caminho, no transbrasiliana. Desconforto, intermináveis horas de estrada e o aniversário no meio do Maranhão:

Zera a Reza

Vela leva a seta tesa
Rema na maré
Rima mira a terça certa
E zera a reza

Zera a reza, meu amor
Canta o pagode do nosso viver
Que a gente pode entre dor e prazer
Pagar pra ver o que pode
E o que não pode ser
A pureza desse amor
Espalha espelhos pelo carnaval
E cada cara e corpo é desigual
Sabe o que é bom e o que é mau
Chão é céu
E é seu e meu
E eu sou quem não morre nunca

Vela leva a seta tesa
Rema na maré
Rima mira a terça certa
E zera a reza

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Eram outros escritos



Comecei buscando no google algo para postar.
Talvez pela voz de uma escritora, alguma genialidade incontida, traduziria aqui este "sentir".

Percebi, então, que o melhor são as palavras que arranho.
Ouso, insisto, finjo.
O bom é caminhar ao lado de alguém, conversar de trivialidades, cotidiano e nos pegar em um adensamento da prosa.

Então a chama volta. Este mesmo calor, não o fogo roubado no mito grego, mas esse combustível que nos impulsiona a viver reacende.
Não que os motivos da vida se esgotem nas frustrações esperadas, previsíveis. Mas a contradição é na convivência em si, que nos escraviza e aborta qualquer projeto de solidão deliberada.


Dai, após tanto ruminar, caio na mesma pergunta.
Então é isso? É o consumo de um corpo, uma rapidinha? Este gozar compulsório, mecânico e coreografado é tão necessário? Inescapável.

O que somos aos outros? Entraves, obstáculos a serem derrubados?
Demonstrar o que não precisa. Nestas redes de poder, das verdades domesticadas, amparadas pelo desejo irreprimível, o que somos?
Não consigo evitar a alusão ao "Surplus", documentário francês já citado em uma postagem. Somos exatamente aquilo? Corpos em profusão, plásticos, descartáveis.

Não estou em uma "onda" cristã. Apenas não quero acreditar que 10 minutos de intercurso anal são mais valiosos que três anos de proximidades, carinhos, afetos e belezas cotidianas.


Olha, assumi minha cafonice.
Essa mania arcádica, mal do século, minha familiariedade com um certo momento da literatura brasileira, deveria ter ficado na oitava série, na mesma gaveta em que deixei "Lira dos vinte anos" de Alvares de Azevedo.

Não que eu reclame do declínio do amor romântico.
Só quero uma abstenção, uma pausa, o meu café roubado da Facomb.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Das coisas que dizem



Esta polissemia das palavras vez ou outra nos dão dores de cabeça.


Eu digo isto para o moço, ele não entende da forma como imaginei. Ele devolve uma palavra, com um intenso poder de machucar. Que juntando quatro ou cinco palavras geram uma noite tensa e desconfortável.


E eu gosto de palavras...e de proferí-las. As vezes, é um tanto melhor o silêncio. Ele nos diz tanto, tanto, tanto.


E então lembro de um texto, na terceira série, nos meus nove anos:


Poesia é... brincar com as palavras


como se brinca com bola, papagaio, pião.


Só que bola, papagaio, piãode tanto brincar se gastam


.As palavras não:Quanto mais se brinca com elas, mais novas ficam.


Como a água do rio que é água sempre nova.


Como cada dia que é sempre um novo dia.


Vamos brincar de poesia?


terça-feira, 9 de junho de 2009

Um convite



Deixar quem sabe as confusões do dia. Na estrada, cruzando infindáveis distâncias.

Chegar naquele lugar. Buscar a pousada, fazer o registro. Dizer no teu ouvido coisas que faremos após o café.


Caminhando entre pedras, areia e sal, um tropeço. Um encostar proposital ao teu corpo. Tal aproximação deixa os pêlos eriçados, aguça um pouco mais os sentidos.


Reclamo do seu humor. Reclamas do excesso de dedos que tenho contigo.

Tiras do teu prato o que para mim se faz vital. Do meu, não resta nada do que tanto te agrado.


Damos sequência ao nosso instante. Olhamos detidamente a onda que se perde, forma outra, outra forma. A espuma que tocou nossos pés. As roupas cairam, num quase puxar do mar. Rimos.


Um estranho pensamento: como será o próximo, e o outro e o que virá mais adiante? É um tanto assim...as pessoas entram, ficam um pouco, vão embora. Somos um tanto dos que partiram. E talvez hajam reencontros. Confesso que os evito. Não pelo medo de dar as mãos. Mas por não enxergar alí o que foi há tempos, sofreguidão e ansiedades.


Deitaremos no rede por esta tarde. Ela nos cabe, não em pleno conforto, como se espera. Mas de tal maneira que os braços dão conta do incômodo que é te querer. O beijo é propício.


E voltamos pra casa.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Indo pra Brasília


Odeio quando não posto o que queria. Em verdade, era uma historinha, um devaneio. Mas daí que esqueci no caderno. Deixo então para outro momento. Daqui a pouco vou pra Brasília...ver a Rafa, êêê!

Então, ao voltar, recuperarei o pequeno texto. Escreverei sobre o intercom, e quem sabe mais algumas desventuras.