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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Amores Perros


O sangue ainda é uma barreira, e ainda estou a refletir se há alí uma oportunidade de trauma ou uma gratuidade de mortes dos pobres cães. O filme vai um pouco além, engedra histórias que são absolutamente possíveis, e intimamente familiar.

O sotaque mexicano é delicioso, e fraqueza e a traição irmãs que despertam dores.
E o abandono dói, mesmo quando o que se foi é motivo de espera para o que ainda está. Lindo filme, linda companhia.


Eu ando as avessas com o povo goianiense. As pessoas ficam incomodadas pelo simples fato de alguém se sentar num lugar no ônibus não muito convencional.

Quem sabe não é o povo desta cidade, e sim uma epidemia humana, que não consegue se ajustar as diferenças deste a opção por sentar no chão em frente a porta de saída do coletivo. Ao ponto de insistir na imposição de crenças até mesmo por mensagem no celular, aqui transcrita: " A cura de nossos males esta em nos tornarmos melhores seres humanos cristãos.


As pessoas deveriam se envergonhar ao se autodominarem cristãs. A figura de Cristo é a mais inclusiva que conheço. Ele ouvia as crianças, caminhava com prostitutas, tocava em leprosos. E o que as empresas de fé fazem hoje? Normatizam e excluem como já atentara o Dóris. É duro ir para esse reino perdido, afinal qualquer passo nos leva fora da norma.

E não quero apenas passos fora da norma, quero quilômetros...
Ainda bem que nem todos são brancos, heterossexuais, cristãos, europeus... ainda bem que habito as margens.

2 comentários:

Raffs disse...

"ainda bem que habito as margens"...

ainda bem que eu também... xD

não é só os goianos, mas penso que essa região central do Brasil, junto com o Nordeste possui essas características mais enraizadas. não sei... só sei que é assim!

lugar onde não se pode sentar onde se quer. onde os cachorros não podem entrar nos locais públicos, nos ônibus e trens... sei lá. atraso de vida, só isso que tenho a dizer..

amo você!
quero te ver..

Leandro Cordeiro disse...

Tudo que foje as regras normativas, desencadeiam cenas como essas, descritas por você!
Também sinto-me lisongeado em fazer parte da margem!