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terça-feira, 22 de junho de 2010

fotocicatrizes

                             Thaniel Lee
 
Se o corpo me perturba, inquieta, faz eu pagar multas astronômicas na biblioteca. 
E os retalhos que junto nesse caminho, assombros, medos, ressalvas, receios.

A parede que olho sem espelho, a procura de uma legitimidade inatingível e quem em verdade pouco me interessa. E a surpresa chega sorrateira, inesperada. A revista traz novos olhares, mais dúvidas, agonias, corda no pescoço?

E mergulho como se fosse lodo ou águas desconhecidas, quero afogar para viver.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O que dizer?


Na aula do mestrado o professor comentou que escrever se tornou quase mecânico... Onde está a criatividade? Espaço cativo de poetas, cronistas e guardiães das letras?

As vezes é torturante escrever algo sobre o que não gostamos (ou que não seria tão bom no momento). E pra escrever o que é preciso? Uma forma limitadora... A abnt, o formalismo e todos os agentes moralizantes e traumáticos do processo de tessitura textual.

E pensando na belezura de algumas canções (e porquê não arriscar fazer um texto inspirado... o som bem baixinho, pra não espantar a concentração) deixo uns versos do marcelo camelo, que na voz da Roberta Sá ficou uma delicadeza.


Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos
Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo
Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais
(...)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

as canções que você fez pra mim


É incrível a possibilidade do perto/longe. Do visual, da barba distante, do inglês mediado pelo translater.

Mais ainda essa sensação de multidão e dos fluxos que nos conduz. A sensação de perda eterna e de um correr atrás infindável. E por fim, o que nos caracteriza pela compulsoriedade do devir.

E na proposta de uma agitada saída noturna, abdico em razão da voz de Bethânia no youtube e as muitas canções que ela fez pra mim e pra tantos outros que o coração dispara ao ouvir suas notas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Desespero

                                  Rosangela Rennó - Espelho Diário

Enquanto alguns gritam, choram, clamam... tantos rezam, veneram, proclamam. E cá fico a deixar o cotidiano deslizar. Ando perdendo o sentimento de culpa, de que deveria ter me entregado à exaustão.
Essa lógica de produção desenfreada, o ritmo da hipocrisia. Mas o alarme ainda soa, soa, soa.

De onde vem a calma? É uma canção do "Los Hermanos", mas é sobretudo o que busco e almejo. A calma onde há prazos loucos. A vagareza no lugar do desespero. Uma canção meio torta quando o ônibus não passa há vinte minutos.

E por que isso?

É esse o tempo pra viver, se apaixonar. Grudar no livro, fazer poesias bregas. Rabiscar o caderno ou escrever bobagens na carteira da faculdade. Rabiscar as mãos, a perna e rir ao se lavar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Objetos de dor e desejo


O esquecimento, a avidez do cotidiano e um leve desinteresse corroboraram para que eu abandonasse por mais alguns dias o blog.

Deixo aqui o banner da minha pesquisa... temporário, em mutação, mas uma bela imagem (eu achei). E agradeço ao Lucas que transmitiu na arte o que eu exatamente imaginava.