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terça-feira, 28 de abril de 2009

Os Ovos



Acordei com um monte de coisas a fazer. Cheguei cedo na proec, para resolver as pendências da impressão da campanha de combate homofobia e da mostra na "Na Tela e Fora Dela". Tudo encaminhou, mesmo com os pequenos ruídos no tecer da conversa.
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Fui pego de surpresa pelo teste de inglês, fui bem, um dos textos era sobre a soja. Triste fiquei por não ter visto o Douglas, e nem ter sentado do lado dele. Quando entrei na sala, o avistei no corredor, indo beber água. Ele já havia acabado o teste.

Tirei as fotos do ovo, mas a que mais gostei não está no pen drive. Deixo esta então.
Não fui na aula do mestrado, estava muito cansado. Tentei dormir vinte minutos, acordei quase oito da noite.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Trabalho de campo



Começou.


Ainda não sentei para escrever o diário de campo. Mas aconteceram coisas fantásticas.

Senti uma vontade de abandonar tudo, fiquei um pouco reticente com certas coisas. Mas tenho certeza que farei um bom trabalho, e isso inclui a dedicação que venho tendo, os múltiplos e frutíferos diálogos, as experiências no colcha que vivi, agora no ser-tão.

Os tantos eventos que fui e que vou. A pessoas como o Dóris, o Luiz, a Maria Luiza, Marcelo, Elvira, Estevão, Aline, Bruna...e tanta gente maravilhosa que tenho contato, que posso discutir questões, aprofundar diálogos.


Já tenho um título em mente...


vontade de dar vida a este trabalho!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Não é ficção




Sentir pouco a pouco a razão do esforço.
Ou quem sabe a não razão, a invocação em se permitir.
Vencer quem sabe o cansaço, o implacável desânimo.
Sorrir, ao ler palavras. Tentando, quem sabe, buscar na memória aquela rara entonação das pessoas com quem convivemos diariamente.
Não, não é ficção. É muito bom fazer parte disto tudo.
Dos deleites, dos resultados...no gritar, estamos aqui.
Nas margens que se movem, e desestabilizam.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Banheiros

Tá, de Felipe Sholl

Curta fantástico, direto e indireto.
Uma bela grámatica de amores interditados. De mediações, de (re)descobertas.
Mas se analisarmos a realidade, a busca de prazer em banheiros públicos, a poética é outra. O banheiro não é tão asséptico, as vezes nem há papel toalha pra secar as mãos. Alí as pessoas buscam o que talvez lutem para não vivenciar.
E assim predomina o dualismo entre a necessidade fisiológica urina/fezes, com a satisfação de um goso sexual. Seriam sujeiras?

Não. Sujeira é não poder vivenciar de forma tranquila e positiva nossa sexualidade.
Sujeira é a hipocrisia.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

15

Um pouco mais de duas semanas sem indícios virtuais.
Eis que na segunda feira enforcada surge a vontade de escrever.
Ando tão contente com tudo. E os dias vão, com pequenas mudanças, heranças pro cotidiano.

Nessa hora Fernando, ívila, camilinha estão em Belém, em mais um erecom. Gostaria muito de partilhar mais um desses momentos. Mas não deu. De qualquer forma para acalmar minha patologia por viagens, dentro de alguns vou para Paraty. Eita que já me ponho a sonhar com seus prédios históricos, suas praias deliciosas.

A grande angústia que me perseguia está dirimida. Já defini o tema do trabalho de conclusão de curso. Nutro grandes expectativas. Se saír do jeito que estou gestando, sera minimamente curioso e transgressor. Nossa, como admiro minha orientadora. Ela é muito coerente, gentil, instigante. Aquela postura, aquele olhar. Amei quando ela perguntou se eu aceitava o desafio. Eu disse sim, ela também.

Fico meio perdido em feriados na capital goiana. Mas este está um distinto sabor de futuro presente.

domingo, 5 de abril de 2009

Censurado



Posso elencar inúmeros motivos para dizer que gostei da peça Wilde censurado. Foi intensa, com frases agonizantes, beijos tórridos, uma dinâmica iluminação.

Teatro lotado.


Inúmeras reações, atos, falas, falhas por parte de nós, que constituíamos a platéia.
Pensei que haveria um pouco mais de hostilidadade pelos beijos entre homens. Incrivelmente ninguém se retirou.

Falo isso pela experiência ao assistir o filme XXY. O cinema reduziu-se a poucos, após uma belíssima cena entre uma jovem intersex e um adolescente.
E como eram sedutores aqueles toques, as declarações no pé do ouvido. Aos abraços, beijos, beijos, beijos.

Depois do espetáculo, assistimos um bom show, um vocalista com uma voz inacreditável. Lindo.


Sábado verdadeiro. De retomadas.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O bilhetinho do lucas



Ontem, correria no pátio da faculdade de direito. Achei tempo para escrever um bilhetinho para um doce amigo.

Gosto dessas surpresas. Desses momentos de distração, carinho. Gosto de escrever no papel para as pessoas que considero.

Ainda fiquei pensando que ele não tinha visto. Pensei que havia voado, algo assim. Mas pelo visto ficoou bem preso no tanque da moto.

Um trecho de uma música que sempre nos anima:


Vermelho
Gostar de ver você sorrir 
Gastar das horas pra te ver dormir

Enquanto o mundo roda em vão

Eu tomo o tempo

O velho gasta solidão

Em meio aos pombos na Praça da Sé

O pôr do Sol invade o chão do apartamento
Vermelhos são seus beijos
Que meigos são seus olhos

Ver que tudo pode retroceder
Que aquele velho pode ser eu

No fundo da alma há solidão
E um frio que suplica um aconchego...

Vanessa da Mata

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O desafio da carne



Ando lendo muitos textos que mencionam questões/problemas da contemporaneidade. Segundo diversas correntes filosóficas e sociológicas, vivemos no tempo da fragmentação, do efêmero.
A individualização exacerbada é um forte sintoma que acena para este cenário.

Nós perdemos no meio do processo, talvez até pensando de forma marxista, que discorre sobre a perda do controle total da produção por parte do artesão. Perdemos um olhar mais refinado, abrangente.
O normal para todos nós é a desigualdade, ela não nos incomoda, exceto quando nos confronta de forma direta e incisiva.

Fui assaltado há poucos dias. Sim, fui. Foi violento, pavoroso, estarrecedor. Entretanto, o caminho que levou o jovem assaltante até o meu é em demasia tortuoso. Não preciso de tecnologias de adivinhação para imaginar a exclusão social, a impossibilidade do espaço escolar, espaços de diálogos, carinhos, afetos.


Saindo da violência física e simbólica em que vivenciamos, cá reflito sobre o ato de comer carne. Esta noite um holandês esteve na UFG falando do problema da soja, da degradação dos biomas e outras coisas.
A comida segue a risca esssa ideia de fragmentação.
Não existem fronteiras para o transporte de alimentos. Mas na bagagem eles levam água, nutrientes do solo e precarização/exploração do trabalho de pessoas.


Precisamos pensar, e assim fazer escolhas conscientes que englobem o todo, e não cacos, pedacinhos, olhares preguiçosos.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Insegurança


Sexta feira, passos costumeiros e acostumados pela rua 10. Pouco mais de 20 horas da noite. Um grande susto.

A faca era imensa, aquela luta corporal. O medo.


Não sei como tive forças para escapar. A camisa vermelha creio que foi decisiva. Ela se soltou do meu corpo. Caí no chão.

Mãos sangrando, com as vistas embaralhadas. Onde está meu óculos? Quebrado.
Há tempos não chorava. Mas precisava...lágrimas em abundância.

A noite terminou de forma agradável. Conversas em bares com amigos.

O fim de semana na casa da juventude foi surpreendente. Estava de coração aberto. As discussões foram acaloradas, cheias de paixões, vigor. Um outro mundo é possível, sim é verdade. Não por acreditar de forma utópica. Mas por ver que muitos dedicam grande parte de suas vidas na construção de uma nova sociedade.