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domingo, 24 de abril de 2011

Uma páscoa


Há tempos que certas datas são indiferentes para mim. Já passei natal na praia, com um amigo. Dia das mães e dos pais sem me dar conta que era a data, lembrando apenas pelas insistentes reiterações dos meios de comunicação.

Nessa semana santa foi assm, apenas dias mais ociosos, companhia de amigos. Lembro de uma vez que passei parte do feriado "santo" rumo ao Piauí.

Sinto uma certa artificialidade. Reprodução de tradições de maneira automática, sem reflexão. Tendo uma vertente marxista: uma celebração do consumo. Corra ao shopping e faça alguém feliz. É esse o slogan até na "ressurreição" de cristo!

Não quero ovo de páscoa, não quero chocolates suiços. Quero ficar assim, nessa preguiça gostosa, na tarde que cai docemente, naquele abraço íntimo do amigo que voltou ontem de viagem.

sábado, 23 de abril de 2011

Um bom filme iraniano


Pode parecer petulância quando respondo sobre cinema. "O que prefiro"? Um bom filme iraniano, as delicadezas do cotidiano, o pesado dilema da vida. Cores latinas, películas francesas. Um olhar menos domesticado. Onde não haja explosões, perseguições policiais e nem uma beleza tão previsível de corpos.

E sigo assistindo esses filmes. E a vida aos poucos torna-se um filme. Há tempos que tenho o blog como confissão. E sei que poucos o lêem, por isso ouso expor detalhes.

Um cara que mora no mesmo prédio, que há tempos deixei um bilhete em sua mesa. Aquele bonito rapaz de 1,90 de altura, em uma fila de restaurante. O outro de 7 ou 8 anos atrás, ali no posto da 84. Um dos primeiros namorados, que chega de repente, não anuncia, se sente no direito de entrar, sorrir, dormir.

E essas coisas me assustam. Dão medo. E causam algo muito maior... O desamparo.

Tantas conversas diferentes, tantos cheiros diferentes. O beijo, o toque, as expectativas. E no meio desses todos, um marcou. Meus amigos dizem que sou dado as paixões efêmeras, e sei que é verdade.

Mas ele foi tão titãs: "você apareceu do nada e você mexeu demais comigo, não quero ser só mais um amigo".

E ontem fiquei assim... Liguei, mandei mensagem. E nada. Hoje, em uma rede social qualquer, uma mensagem, na verdade uma pequena frase "atração recolhida". E só, coisa nossa, frase nossa.

E não quero acreditar que foi só  uma vasão a essa "atração recolhida". Foi bom demais, ao menos para mim, para ter sido só uma noite. Só aquelas conversas, só aquela máxima intimidade permitida por algumas cervejas e pela fome dos corpos.

Ah, moço. Surpreenda-me, mande uma mensagem!