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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Abra seu coração e volte a pensar na possibilidade de amar

"Knuggle Dome for James Joyce", Rebecca Horn

Sim, eu leio horóscopo. As vezes com alguma freqüência, outras passo por uma longa ausência.

As vezes quando conheço alguém que desperta um interesse sou até capaz de arriscar uma combinação astral.  

Por falta de outras crenças, uma leitura astrológica cai bem. Ao menos desperta um sorriso sorrateiro, uma descontração.

E hoje, ao consultar o esotérico, eis que surge a sentença que nomeia o texto: "Abra seu coração e volte a pensar na possibilidade de amar."

Engraçado, não me lembro de ter fechado o coração, tampouco olvidado a idéia de amar. Contudo, as expectativas nutridas e as idéias de romance transformaram-se ao longo dos dias.

Não só as idéias, mas a gramática afetiva; as dinâmicas do amor, do querer bem. Tantas coisas em jogo. Tanta obsolescência. Uma busca pelo novo, ineditismo de corpos, tatos, toques. Pouco afeto? Não sei.

Todo mundo fala no tempo, ou melhor a falta dele. Essa corrida rápida, linear. Pelos caminhos ficam almas e amores. Amores embrutecidos, que não deram certo, desfeitos por uma sms, por um bloqueio no msn, pela inalcançavel voz, pela demasiada projeção. E o tempo tapeia-nos e oferece uma sensação de nos aprisionar nas narrativas de nosso egoísmo.

Por isso prefiro, hoje, sister winter de Sufjan Steven. (Mesmo que não haja inverno, especialmente em Goiânia)

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