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Dizer modernidade é refutar um passado de trevas, feudal e teocêntrico?
Uma possibilidade, contudo, o que deixa certezas é a agilidade, rapidez e efemeridade dos nossos dias.
Vinte quatro horas não são suficientes para efetivarmos tantas demandas, projetos, desejos e sonhos.
Metrópoles no início do século XX viviam a diáspora do elemento urbano em confronto com o rural. As cidades tornaram-se perigosas, a beira de um ataque de nervos. A ansiedade é a tônica citadina.
O bonde, o trem, o automóvel, o avião. Espelhos da natureza transformada, condensou o recorte espaço/tempo, diluiu fronteiras. Entretanto, potencializou o desejo pelo novo, um entretenimento compensatório para tanta rapidez.
Nesse sentido, o cinema veste muito bem no manequim das cidades. É a própria sequência absurdamente rápida ( pensando o cinema médio). Imagens em abundância, narrativas explosivas, diálogos efusivos, duelos, mortes e mortes.
Sim, a morte.
Estes meios de transportes causavam pânico generalizado. As pessoas não entendiam muito bem seu papel de pedestres, tão pouco condutores os percebiam como vidas. Desastres, escatologias e mutilações faziam a festa em jornais.
Seria uma forma de aprendizado, de entender a crueldade das máquinas que fragiliza o corpo.
Ver para acumular referências, previnir-se. Mas também um alimento para o cotidiano exaustivo. O trabalho repetitivo, as funções estáticas. A palidez dos dias que se seguem.
A imprensa escatológica de 100 anos atrás não precisa ser buscada em museus ou arquivos públicos. Poderás ter acesso em uma banca próxima. Claro, com uma diagramação impecável e todo o tempero do medo e pavor em" estar vivo".
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