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sábado, 22 de novembro de 2008

Vozes singulares


Outra vez em São Paulo, e os mesmos arrepios que senti quando pisei nesta cidade pela primeira vez.


Gigante, suja, linda, excludente, apaixonante. Me perco, pergunto, me viro.


Caminhando pelo Rua Augusta, uma moça convidou-me para corta o cabelo. Fui seduzido pelo seu visual, seu olhar difuso e sua feminilidade não hegemônica. _Vai ficar careta e tirar o mullet, perguntou. Tire por favor, mas não quero ficar socialzinho, deixa bem bagunçado.


O corte prosseguiu, e com um silêncio necessário, pertinente. Começando a escurecer, caminhei da Augusta até a Paulista. O coração apertado, turbilhões de automóveis, rostos desconhecidos. Buscava apenas um rosto, aquele que quando apareceu trouxe uma paz singular, e o abraço dissolveu qualquer dúvida ou medo.

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