![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPnZ9lQV8wedRpKSQX-cmPckHdHQZSm7elJRyVq-xcl-DbPVV7D72bTGWZ-96xbSqX5FeyHnylAa0fLlor1w4eWjv4DQg_gC2Zgjp2kNTrH4awyoazxcpTNYa8xbFMVbofFi79CcF1zH4/s400/sc_blumenau.jpg)
Pronto, os meios de comunicação que são nutridos por tragédias e desgraças alheias tem farto material para explorar.
E começa o choro do povo brasileiro, sua alma generosa e senso de justiça.
Modelos, atores, animadores de TV, cantores, todos num coro só. Ajudem, ajudem, ajudem.
A globo pra variar, está onde ninguem mais chega. Na casa da dona fulana que está sem leite, e a repórte linda e elegante leva em suas mãos os mantimentos redentores.
Temas relevantes são atropelados, tão pouco citados.
Exemplos: que o governo federal gastou pouco mais de 13 % do orçamento destinado a prevenção de desastres.
Que a cobertura vegetal que protege o solo foi retirada na construção de casas em regiões de preservação ambiental.
Que autoridades municipais e estaduais fomentaram a ocupação de áreas de risco, e tentam flexibilizar a legislação ambiental.
O problema será mascarado, não será resolvido em sua complexidade. E voltaremos a ver novamente mais tragédias desse porte, e mais comoção nacional.
É muito mesquinho transformar tragédias urbanas em "big brother", e uma promiscuidade ainda maior quando disfarçada de interesse público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário