
Emília, feita de retalhos de Tia Nastácia, é a previsão de uma revolução feminista? Ou uma vazão ao pragmatismo de seu autor?
Sem dúvidas, sua racionalização da vida, senso prático e objetivos reformistas vão de encontro com uma tônica positivista: ordem e progresso.
Seja em uma ardente contraposição entre campo/cidade, seja na insistência da busca pelo petróleo.
A busca pelo ouro negro causou confusão. Em um texto Lobato criou a companhia Donabentense, anunciando o primeiro poço petrolífero brasileiro. Tão estória causou um frenesi, tendo sido desmentida por autoridades.
Emília é mais que alter-ego, mais que objetivação e razão enfurecida. É a possibilidade de transcender conceitos e refletir ativamento sobre os múltiplos processos que nos circundam.
Na gramática, afrontando a língua. No céu desconcertando mitos, figuras, mentiras. No mar, enfim, na alma.
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