Uma crônica, ou como queiram chamar:
Contar a alguém meias verdades causam sérias perturbações à mente. Tratando-se do ritual da conquista o terreno é arenoso, pouco confiável. Pois bem. Nas odisséias margens aos centros, na busca por novidades, a vontade de tomar o mundo pra si. Mesmo que seja pouco, garantir motivos, alimentar desejos, buscar, se é que existem, sentidos. E a verdade é assim, repetidas estórias, assuntos e reiterações garantem sua validade. E quando por acaso surge na vida um desses sentidos, motivos ou como queiram chamar? O que fazer? Seria de bom tom que os programas de culinária também nos ensinassem a lidar com estas questões. Entre a receita de um manjar de maracujá ou uma tapioca com doce de leite, boas notas para os conflitos, passo-a-passo. As canções que ouço não ajudam, aliás, por demais atrapalham. Ficam incitando uma comoção, uma sofreguidão, quase o mal do século da segunda geração do romantismo brasileiro. Nos cabe ler viagem e vaga música de Cecília, aumentar o som do mp3 em faixas da vanessa da matta, e emburrar porquê o crepe vegetariano ainda não chegou. E o que ele espera do rapaz? Gostaria de saber, se soubesse não guardaria segredo e contaria ao vinicios. Não sei a razão de falar em terceira pessoa, mas enfim nem sei o que de fato quero aqui escrever. Mais que um goiás de amor carrego em meu peito, já dissera osmar. Não sei se um goiás, visto sua extensão avantajada. Talvez um Pernambuco,ou quem sabe uma Santa Catarina. Ah, sim, ela: Santa Catarina: com seus lindos mares, sua formação rochosa ímpar, sua simpática capital. Falando em unidades da federação e parafraseando Carlos Drumond, ah uma minas em nosso caminho, e é ela, a Gerais. Se querem que confesso, sim, conto a verdade. Mas pode ser em seus ouvidos? Ao som da música que você escolher, da cerveja que quiser: bohemia! Até o cigarro, contraditoriamente é catalisador da saudade. O gosto mentolado, o jeito que pedes para que eu o acenda. A verdade é simples, coisas de poucas palavras. Não sei se é verdade ou pedido, ou previsões. É para que não se ausente, que dance mais um pouco. Que me abrace, que eu possa vigiar teu sono, acalmar teus pesadelos, aninhar-te em meus braços. Brigar para que não fume na cozinha, e nu, juntos, prepararmos um bom macarrão.
O que mais queres? Diga.
Um comentário:
"Se querem que confesso, sim, conto a verdade. Mas pode ser em seus ouvidos? Ao som da música que você escolher, da cerveja que quiser: bohemia!"
a-do-ro!!
você sabe que amo o que você escreve, né amoure?!
desde sempre...
küsse für dich (beijos pra você)
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