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domingo, 1 de junho de 2008

Ou isto ou aquilo.



Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecília Meireles


Rita. Uma cena melancólica sempre caminha por minhas loucas ideias. Essa senhora, coitada, não recolheu a previdência e agora atua em filmes voluptuosos com sua contemporânea do rebolado: Gretchen.

Em um programa homenageando a discoteca do chacrinha, Rita rebolou ao som do tema pantera cor de rosa. Não suportou a intensa emoção, chorou copiosamente, entristecida, repuxada. Contudo, seu bumbum não estremeceu, desceu desceu desceu. Ou isto aquilo: ou me emociono com chacrinha e não rebolo, ou rebolo e não me emociono com chacrinha. Ela subverteu, nem isto nem aquilo, as duas coisas!

Cadillac é mais que isso, é isto ou aquilo. Este doce poema transtornava minha primeira infância. Tentei em vão calçar luva e anel de mamãe, ganhei chineladas.

Com isto e com aquilo. Menino que brinca de barbie noiva, grávida, ciclista, vegetariana, católica, com distúrbios alimentares, japonesa, mulçumana, mensalina, indie, gótica... enfim, as mil barbies que já tive e que em nada afetaram minha identidade de gênero.

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