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Ando lendo muitos textos que mencionam questões/problemas da contemporaneidade. Segundo diversas correntes filosóficas e sociológicas, vivemos no tempo da fragmentação, do efêmero. A individualização exacerbada é um forte sintoma que acena para este cenário.
Nós perdemos no meio do processo, talvez até pensando de forma marxista, que discorre sobre a perda do controle total da produção por parte do artesão. Perdemos um olhar mais refinado, abrangente. O normal para todos nós é a desigualdade, ela não nos incomoda, exceto quando nos confronta de forma direta e incisiva.
Fui assaltado há poucos dias. Sim, fui. Foi violento, pavoroso, estarrecedor. Entretanto, o caminho que levou o jovem assaltante até o meu é em demasia tortuoso. Não preciso de tecnologias de adivinhação para imaginar a exclusão social, a impossibilidade do espaço escolar, espaços de diálogos, carinhos, afetos.
Saindo da violência física e simbólica em que vivenciamos, cá reflito sobre o ato de comer carne. Esta noite um holandês esteve na UFG falando do problema da soja, da degradação dos biomas e outras coisas.
A comida segue a risca esssa ideia de fragmentação.
Não existem fronteiras para o transporte de alimentos. Mas na bagagem eles levam água, nutrientes do solo e precarização/exploração do trabalho de pessoas.
Precisamos pensar, e assim fazer escolhas conscientes que englobem o todo, e não cacos, pedacinhos, olhares preguiçosos.
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