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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Guamá


7 dias sem escrever.

Ainda zonzo com tantos momentos, reflexões, conversas, samba de amigos.

Tivemos uma imersão no Guamá, região pobre, com sérios problemas estruturais. Alí não víamos nem esgoto em algumas partes, eram valas com acúmulos de cheiros, lixo, fezes. A população sendo espremida, machucada. Cercadas por uma universidade que não os pertence.

Sentamos em um bar, cruzamos a fronteira. Chamávamos atenção, prestávamos atenção em cada detalhe, cada olhar. A efervescência de suas vielas. O tecno-brega embalando um domingo, a cerveja descendo por gargantas ávidas. Desejos, suor, fé. Um entrelaçamento inimaginável, mas alí exposto, para olhos mesquinhos como o meu.

Tem mais que açaí, tacacá, maniçoba e carimbó. São versos que se fazem no encontro cotidiano, nas dobraduras de seus caminhos, no infindável som de suas tardes.

Ah, Belém. Ah, bairro Guamá.

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