"RAFAELgatobi fala para Todos: algum brow discretaço q nunca foi em lugar gay macho e de boa pra troca uma ideia aew e ver no q rola?"
Eu poderia fazer a linha "estou pesquisando... curiosidade antropológica". Enfim, mas não tenho medo de assumir que eventualmente entro no bate papo. Que existe, dentro de mim, a pequena e solitária crença em acreditar ser possível encontrar um perdido como eu, vagando pelo ciberespaço.
De maneira geral, são conversas desastrosas e eu fico irritado. O começo é sempre doloroso, via de regra o diálogo começa na célebre pergunta " vc é a ou p" e termina com o inquérito sobre a genitália, espessura, diâmetro, cumprimento.
Quando a conversa não vai por esse caminho (caminho esse que sempre interdito), pode até ser razoável, mas quase sempre implica em uma virtualidade irritante. Um medo do "face a face". É mais tranquilo colocar os dedos em ação, do que dispor de coragem, assuntos variados e principalmente lidar com a frustração.
Frustração das mais distintas ordens: não corresponde fisicamente, o papo é ruim, o beijo não decolou.
E porquê ainda entro?
Não sei agora... É essa solidão, ou o que ouvi sobre globalização "esse estar junto na distância". Ainda sim, aos trancos e barrancos, há uma sensação de pertença, um traço de humanidade. Sociabilidade às avessas, mas sociabilidade.
Lembro do tcc de um aluno, sobre o filme Apaixonado Thomas. O cara não saía de casa há 8 anos, por sofrer agorafobia. E eu sei que posso ser tudo, menos agorafóbico. Mas ao mesmo tempo, não posso me permitir ter medo do "só". É algo que devo lidar... Principalmente agora!
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