Ignorar os especiais cafonas de Roberto Carlos na rede globo e ouvir os detalhes da voz de Bethânia...
"Eu sei que esses detalhes
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada"
domingo, 24 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Dilma
No primeiro turno não votei em Dilma. Mais pelo desejo de votar em Plínio, voto do qual confirmei com um eufórico orgulho, do que um desdém à petista.
No segundo turno voto em Dilma e espero que ela ganhe. Apesar da tristeza que me toma em perceber os rumos dos debates eleitorais. Principalmente: o fracasso da democracia e as investidas do "partido da imprensa golpista".
Em um país onde esgoto universal parece conto dos irmãos Grimm, a saúde rasteja e a pobreza extrema ainda é assustadora, fico atormentado em perceber grupos religiosos pressionando a candidata ( e o saco de batatas do Serra) para se posicionarem contra o aborto.
Veja bem, a questão não é nem legalizar, mas descriminalizar. Apesar que com muita "fé" Dilma e o legislativo tratarão aborto como problema de saúde pública e desenvolverão medidas nesse sentido.
Acho lindo ela rezar, dizer que é avó e mãe. Só assim pra se conformar à tão ungida moral brasileira, aquela mesma moral que se sentava na frente da TV no domingo a tarde e se deliciava com o striptease da dançarina do companhia do pagode.
sábado, 16 de outubro de 2010
"Fui contar praquele estranho que eu gostava de você"
Nesse verso da Tiê há profunda identificação com o que costumo fazer.
É tão bom a opinião de terceiros, que nada tem a perder ou ganhar em dizer faça isso, não faça.
O melhor da música é esse trecho... Tão evidente:
"mas confesso não cabia enxergar tantos sinais".
E fica o toque, ou a dica.
sábado, 9 de outubro de 2010
Noites Cariocas
Quando estou no Rio é algo como me perder. Perder em mim. Contemplar, fruir.
É caminhar pelo calçadão de Copacabana, andar de bicicleta pela Lagoa. Encontrar amigos, sair sozinho, embriagar-me contidamente.
E nas delícias desses dias, na leveza das noites, no sabor do cotidiano me encontro.
Encontro e aceno, cumprimento-me e sorrio... Nessas noites cariocas.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Cabeça em chamas
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Rosângela Rennó |
Cabeça chama, o corpo se nega. Não responde; em tempos de msn está off-line.
Cabeça em chamas, vultos, presságios. Os pés cá estão, aceleram, querem correr.
Retorno.
E eu retomo, retomo. Uma quase punição.
Um frescor em saber que é bom viver dia a dia, como bem disse Mário Quintana. Ele disse também que "a vida assim jamais cansa".
E cansa? E quando cansamos de nós mesmo? Ou quando a Maria Eugênia canta "eu tentei fugir de mim, mas aonde eu ia eu tava"?
Impossível fugir de "mim".
Então faço as pazes.
sábado, 2 de outubro de 2010
Resenha
Em tempos de produção de texto jornalístico (onde as resenhas, artigos e notas brotam o tempo todo), fica a vontade de escrever sem compromisso, ou ao menos sem um rigor.
Ontem assisti o filme "L'homme de sa vie". Curiosamente não sei se baixei o arquivo, se peguei de alguém. O fato é que não lembro a origem do mesmo e a razão de tê-lo no computador.
Vi.
Senti.
Ouvi.
Visualmente encantador.
Deliciosamente possível.
Uma experiência a dois, por favor. Não dá para apreciar tais cenas e não ter com quem compartilhar... Apenas uma pausa pro cigarro, momento suave de introspecção e digestão de uma história que borra as fronteiras entre sonho, realidade. Alcança novos limites e permitem as frases não se completarem nas sombras da parede.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Liberdade Absurda
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Lygia Clark. “A Casa é o Corpo: Labirinto”, 1968. Reprodução fotográfica de Elisa Guerra e Vicente de Mello inMILLIET, Maria Alice. 1992 |
Umidade no ar favorável, por si só, transforma meu dia.
Acordar do lado de um amigo, igualmente.
Comportar-me como um menino, tomar o café da tia, falar bobagem, na mesma medida.
Ir ao clube que tanto fui na infância, mergulhar em uma profunda piscina e não conseguir conter-me no corpo é indescritível. Melhor ainda é dar-me conta que há tempos eu não me abraçava... Despretensiosamente.
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