Não sei o porquê desta fase mais conflituosa, "cousas" na cabeça, muito maranhão, não sei , ou sei.
Afinal, aproxima-se o Enecom.
Por esses dias, senti no meu vasto menu de opressões mais uma...uma que nunca havia experimentado, aliás, duas.
Como disse um grande amigo, cometi um crime moral, transgredindo linhas de inteligibilidade para a nossa limitada sociedade..como foi doloroso, olhares de reprovação, repugnância de vários corpos abjetos. Abjetos criando seus abjetos, desfacelando novas margens e colocando-me em um "novo" vazio entre-lugar.
Ontem fiquei incomodado ao ver uma serelepe vaca bailando, no comercial da batavo...fiquei estarrecido, mas não me sinto no momento para ser militante de uma nova causa..fico por hora com a "monisse" e a comunicação social, apesar de sempre que posso alfinetar aos " amantes" da carne.
Vendo este comercial sinto uma inquietação, para não dizer irritação. O corpo Travesti/Transsexual aparece sempre como a cilada, o erro, o desvio. A materialização do improvável, o rizível.
Mesmo em uma sociedade onde a cidadania liberal paira sem o menor decoro estas pessoas são marginalizadas, logo por não serem cidadãs, mesmo no contexto do consumo. Será que elas não bebem água?
O corpo é deveras moldado, bem marcado como algo construído, e porquê este pânico de sentir prazer com/através da transsexualidades/travestilidades?
Alí com certeza há algo mais que o gozo fulgás, há a possibilidade de amor romântico, sonhos, desejos, confissões, que são negadas, oprimidas, desvilhenciadas.
Em algum momento as/os publicitári@s usarão de cartadas mais interessantes que o preconceito e a execração de minórias para ter eficácia em sua missão?